quinta-feira, 26 de abril de 2018

Justiça de SP cita caso Eliza Samúdio e manda a júri casal gay por sumiço de menino de 4 anos

Como ocorreu com modelo, garoto desaparecido em 2013 também não foi achado, mas para polícia e MP ele foi torturado e morto. Acusados negam crimes; júri marcado para esta quarta foi adiado.


José Amaro Jesus de Amorin é acusado de torturar, matar e sumir com Luis Guilherme Silva de Campos, de 4 anos. Corpo de menino desaparecido em 2013 não foi encontrado. Acusado é procurado e está foragido (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Citando o caso Eliza Samúdio como referência, a Justiça de São Paulo decidiu mandar a júri um casal gay por causa do sumiço de um menino de 4 anos em 2013. O julgamento estava na pauta desta quarta-feira (25) do Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital, mas foi adiado sem previsão de nova data.
Como ocorreu com a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza em Minas Gerais em 2010, o corpo do menino Luiz Guilherme Silva de Campos também nunca foi encontrado em São Paulo. Isso, no entanto, não impediu que as investigações dos dois casos concluíssem que essas vítimas desaparecidas foram torturadas, assassinadas e tiveram os cadáveres ocultados.
O emblemático caso de Eliza Samúdio acabou servindo de argumento para a Justiça paulista querer levar a julgamento o enfermeiro José Amaro Jesus e o namorado dele, o universitário Lucas Andrade Cerqueira. Eles são acusados de torturar, matar e ocultar o corpo de Luis Guilherme em 15 de outubro de 2013.
A mãe da criança havia dado o filho para José Amaro, padrinho dele, cuidar porque a mulher não tinha condições financeiras. Segundo o Ministério Público (MP), o menino tinha obrigações domésticas, como limpar a casa do enfermeiro, em Perus, Zona Norte de São Paulo. Se não cumprisse as tarefas, apanhava.
O casal nega as acusações. Alega que o padrinho tinha dado Luiz Guilherme ao pai biológico para comemorar o Dia das Crianças. O homem, no entanto, informou que não recebeu o filho. Provas técnicas da polícia demonstraram que não houve contato telefônico entre os réus o pai do menino.

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