terça-feira, 15 de outubro de 2013

Parada Gay mistura samba com música pop em Copacabana

Trios elétricos e bandeira gigante são usados na Parada Gay do Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Durão/G1)A 18ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece neste domingo (13) na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, vai misturar samba com música pop ao passar pela Avenida Atlântica. O décimo quinto e último carro da parada contará com 50 ritmistas da Mangueira que animarão o público ao lado de drag queens e passistas da escola de samba.

A travesti Xuxete de Sepetiba, responsável pela organização das paradas gays na Zona Oeste do Rio, virou estrela em Copacabana.
Aline da Silva e Jéssica Gonçalves saíram de Campo Grande, também na Zona Oeste, para curtir a parada gay pela segunda vez. Elas chegaram às 11h e aproveitavam para tirar foros com Xuxete de Sepetiba. "Espero muita diversão e quero tirar bastante fotos", disse Jéssica.


Roberto Rangel disse que a escolha da fantasia tem a ver com uma admiração pelo povo espartano. "É um povo guerreiro, que não foge à luta. Acho que isso tem a ver com o contexto das manifestações que estão ocorrendo no país. E a parada não deixa de ser uma manifestaçào", disse.Leonardo Lopes e Roberto Rangel vieram de Duque de Caxias fantasiados de espartanos. Eles fizeram sucesso com o público da parada. Diversas pessoas paravam para tirar uma foto com a dupla.
Bandeira de meia toneladaO professor de teatro Alexandre Mendes, de  26 anos, veio de Capão Bonito, município no interior de São Paulo para participar do evento. Há seis anos se veste como Amy Winehouse. "Sempre vem de Amy, mas cada vez com uma fantasia diferente. É uma homenagem à cantora."
A bandeira com as cores do movimento LGBT tem 124 metros e pesa meia tonelada. Serão necessárias 300 pessoas para carregá-la.
Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-íris, afirma que a Parada Gay tem sua função política e que duas pautas importantes serão colocadas em questão neste domingo.
Julio também ressalta a importância da criminalização da homofobia. "A gente precisa de uma lei que agregue ao crime o motivo homofobia. A lei vem como instrumento de conscientização. Com a lei a pessoa pessoa sabe que pode pagar criminalmente por isso", reforçou."A primeira é a necessidade de una lei que legitime o casamento civil entre homossexuais. Conseguimos a união estável no STJ, mas alguns juízes ainda impedem que o casamento civil aconteça. Precisamos de uma lei que amarre isso", disse Julio.
Para o presidente do Grupo Arco-íris, existe um cuidado para que a parada seja  um movimento político e cultural, mas também não vê como algo negativo quando alguém diz que a parada" se carnavalizou".
"Durante muito tempo os homossexuais estavam nos batidores da cultura, no teatro, no carnaval. E agora somos protagonistas", finalizou.

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